O que é Bitcoin, como funciona e qual sua importância?
Bitcoin é uma criptomoeda descentralizada de código aberto. Parece confuso? Calma, vamos explicar melhor o que é o Bitcoin, o segredo por trás dos bastidores e o porquê de mais de 15 mil negócios no Brasil terem aderido a forma de pagamento fazendo fortunas em seus cofres.
Imagem ilustrativa, bitcoins não são moedas físicas
Projetado por Satoshi Nakamoto (pseudônimo do criador ou equipe de criadores do Bitcoin) a criptomoeda funciona como dinheiro virtual. Quando você trabalha, recebe dinheiro em cédulas que podem ser trocadas por produtos ou serviços, da mesma forma o Bitcoin é como uma cédula virtual, feita de códigos e não de papel.
Em seu site, a criptomoeda é definida da seguinte forma:
“Ela é uma tecnologia digital que permite reproduzir em pagamentos eletrônicos a eficiência dos pagamentos com cédulas de papel. Pagamentos com bitcoins são rápidos, baratos e sem intermediários. Além disso, eles podem ser feitos para qualquer pessoa, que esteja em qualquer lugar do planeta, sem limite mínimo ou máximo de valor.”
Como funciona o Bitcoin:
O Bitcoin é uma moeda online com tráfego de pagamento P2P (peer to peer), ou seja, ela não precisa de um servidor central intermediário. Qual a vantagem disso? Pense nas transações financeiras tradicionais:
Pagamento por boleto: Você gasta com transporte até o banco e além do tempo gasto na locomoção, o destinatário só recebe o dinheiro alguns dias depois.
Compras no cartão: Taxas no ato da compra, ou taxas de manutenção do cartão.
Transferências: Taxas para transferências e tempo de espera quando são entre instituições diferentes.
No sistema P2P você não tem uma instituição financeira, por exemplo, mediando a compra, portanto ela é instantânea e com custo reduzido.
Atualmente as transações online exigem mediação de instituições financeiras, já com o Bitcoin o processo será tão simples quando comprar um produto com uma cédula em uma loja física:
Imagine comprar uma camisa por R$ 50,00 em uma loja física: você entrega uma cédula com esse valor, retira seu produto sem necessidade de um banco mediar a compra.
Da mesma forma é a transação virtual com a criptomoeda, por isso ela tem se popularizado, é barata e rápida por ser P2P.
Bitcoin é uma criptomoeda, mas o que é isso?
Assim como uma cédula do Real tem tecnologias de proteção, o dinheiro virtual também precisa ter. As novas cédulas do Real têm faixas holográficas, alto relevo, elementos fluorescentes, fio de segurança, marca d’água, quebra-cabeça, microimpressões e um número escondido; é muita tecnologia para evitar falsificações não é!?
Do mesmo modo, para que o dinheiro virtual não seja clonado, ele é protegido por um conjunto de princípios e técnicas chamado de criptografia.
Criptografia: é um conjunto de técnicas que visam cifrar uma informação para que ela só possa ser lida por quem conhece o código, garantindo a segurança das informações.
Fazendo uma metáfora, seria como enviar um baú trancado para um amigo por meio de um mensageiro: ele levará o baú para a outra pessoa, mas não poderá abrir, só o seu amigo que tem a chave poderá ver o que tem dentro.
Porque o Bitcoin usa o sistema P2P?
Simples: é rápido, barato e seguro.
Porque P2P:
Uma moeda que não tem uma instituição mediadora como governos ou bancos é totalmente livre. Com isso, um governo não pode estimular sua inflação, por exemplo, “imprimindo” mais cédulas. Por esse motivo, o próprio mercado com sua lei de oferta e procura vai ditar a dinâmica do Bitcoin.
A falta de mediação por parte de uma instituição financeira também reduz os valores para transações e agiliza a velocidade dos tramites.
Além disso, os dados referentes às transações ficam armazenados até que possam ser validados pelos chamados mineradores e esse processo acontece de forma transparente: o código é livre, então é possível que qualquer um acesse as informações para conferir sua validade.
Porque é seguro:
Os registros das transações são públicos como mencionamos no último tópico e essa é a vantagem sobre a política financeira do dinheiro de papel. Os bancos guardam a quatorze chaves os seus registros, logo, toda informação sobre as finanças pode ser real ou não.
Isso não quer dizer que os bancos necessariamente mentem sobre suas fortunas, mas quem pode tirar a prova disso senão eles mesmos?
Já as criptomoedas seguem outro protocolo em suas transações. Como o código é aberto, qualquer pessoa pode conferir informações do tipo:
Usuário1 transferiu 200 bitcoins para o usuário 3
Da mesma forma:
Usuário1 tem -200 bitcoins
Usuário3 tem +200 bitcoins
Não é possível saber quem é o usuário 1 ou 3, pois essas informações são sigilosas, mas existe toda uma transparência sobre a veracidade das transações.
Outra segurança está na criptografia. Os códigos gerados são de fácil leitura para quem possui a chave, mas de difícil leitura para alguém que tente interceptar a moeda. Isso quer dizer que é um dinheiro difícil de se falsificar.
Mas assim como no caso de um banco, você deve ter cuidado! Da mesma forma que você mantém segura e secreta a sua senha do cartão, você deve manter segura e secreta sua chave privada – chave que é capaz de acessar as informações da carteira do usuário.